sábado, 21 de julho de 2007

Olho de Thundera



Aquele que tudo vê. A visão além do alcance.

O saco plástico e a carreira

E um amigo me conta sobre a singela mania de um jornalista que insiste em carregar um saco plástico dentro da bolsa/mochila. Ao ser perguntado, ele diz na maior candura: é para o dia de amanhã. Explico: ele não quer ser surpreendido com uma demissão e não ter um mísero saco plástico para colocar suas coisinhas e sair com alguma dignidade da redação de um jornal carioca.

Entendo a alma sofredora do coleguinha. Eu radicalizei. Não levo saco plástico na bolsa. Aliás, há dois anos resolvi limpar as gavetas e armário com as coisas pessoais que levamos para o local do trabalho: fotos da filha, do marido. Nada disso. Decidi retirar tudo e agora me sinto mais leve. E, se vier a hora da despedida, não precisarei de nenhum saco plástico.

Pode ser besteira minha, mas acho deprimente aquele saco preto, de lixo, carregado de livros, pastas, blocos de anotação. Não, isso me lembra o trabalho da Defesa Civil recolhendo cacos, dejetos.

Resolvi fazer gestão da minha vida e carreira há muito tempo.