terça-feira, 15 de setembro de 2009

Almas corporativas, parte 7

Metas, indicadores, competências. A cada dia, os gestores inventam nomes para planejar o trabalho diário e avaliar os subordinados. Hoje fui à Bienal e vi um monte de livros com baboseiras administrativas que me fizeram rir. E li também artigos ótimos em uma revista mensal de negócios. Lá pelas tantas, entrevistaram executivos de sucesso, jovens, empreendedores, visionários da internet e eles repetiram o mesmo mantra que já tinha lido anteriormente: é necessário deixar que o empregado use de 10 a 20% do seu tempo total de trabalho para desenvolver projetos próprios, pensar coisas diferentes. Em outras palavras: inovar.
Inovação requer tempo livre, ver coisas diferentes, juntar cacos daqui e dali que vão fazer sentido depois. Ficar amarrado a uma rotina obrigatória de horas dedicadas apenas ao seu ofício não é aconselhável.
Me lembro quando eu praticava atletismo. Eu corria em provas de 800 e 1500 metros. Corria pelo prazer de correr e melhorar minha marca. E corria com atletas que competiam em 400m. Você só melhora sua marca se sai da zona de conforto, do seu ninho. Simples assim.