terça-feira, 10 de julho de 2007

Um pouco Blade Runner

Dormir um pouco e bem. Bom demais. Mas eu realmente me senti diferente depois de dormir tanto e ter um sonho muito estranho. o mundo quase acabando, esquisito um terremoto, poucas pessoas, bichos estranhos. Elefantes, macacos com bundas rosas e uma inacreditável viagem dentro de um puta lugar, meio labiranto, que tinha que pagar para entrar e rezar para sair. Eu, Babi e uma pessoa, um rapaz não sei quem era....às vezes me parecia guga,outras não.
E uma coisa meio de várias etapas, várias pessoas ficando perdidas no labirinto, e depois sobre voando num carrinho esquisito e vendo lá embaixo pedaços e etapas, tantos perdidos. E o mais engraçado era prever uma coisa meio escavação, que eu já vira antes, e chegar num corredor e dar de cara com uma mulher saindo de uma sala e um homem dizendo: essa pelo menos sabe o que á ultra, os outros nem isso. E não vi quem estava na sala.
O telefone tocou. Estranha sensação de saber que tinha chegado e podia achar algo.
Cenário futurista, meio Blade Runner. Estranho, muito estranho.

Second Life

Viver uma outra vida, fazer diferente. O mote que serve de roteiro para tantos filmes e livros acaba sendo o rumo que muitos querem tomar. Confesso que essa vida virtual me fascina e me coloca na varanda (com o Paulinho, é claro). Estou gateando, como diz a maestra Raquel. Ouvi uma história que achei muito interessante para contar. Contei e foi postada (nossa, olha o novo verbo) no blog do Ancelmo Góis. Gostei do texto que fiz de uma tacada só. Me deu a certeza de voltar a escrever mais e mais.




Acho que passaram a mão na bunda do meu avatar!

A frase me pegou de surpresa e meu amigo, 40 e poucos anos, me relatou em detalhes a grande aventura no Second Life. Aventura que durou quase uma hora, mas o suficiente para transitar pelado, cair numa moita e descobrir que o computador caseiro não é tão turbinado a ponto de transformar um passeio virtual numa coisa bacana.
A incursão começou ao lado da mulher e uma certeza: vamos ver como é essa coisa de Second Life. Depois de ter passado pela burocracia de baixar o programa etc, e tal, ele viu que seu bonequinho estava nu. Sim, ele chamou de bonequinho porque avatar é coisa para os nativos do Second Life.
Até aí, tudo bem. Não fosse o desespero de tentar vestir o pobre boneco que, ainda por cima, tinha uma franja Emo. Isso mesmo, nu e esquisitão, ele não conseguia caminhar e se vestir. O processo tão demorado fez com que o seu avatar, com nome de personagem humorístico do Chico Anísio, pagasse mico virtual. Outros "bonequinhos", como ele narrou, passavam ao lado, olhavam para a bunda do seu avatar - e ele pode jurar que um deles passou tão rente que lhe pareceu ter visto passar a mão na bunda do seu avatar.
Desmoralizado e cansado de tanto teclar, ele conseguiu, finalmente, fazer seu avatar caminhar. Mas a aventura o levou a cair numa moita e acompanhar diálogos dos outros avatares achando aquilo tudo esquisito demais. Nu, esquisitão e na moita. Não podia piorar. Podia.
Depois de muito teclar, ele conseguiu vestir seu avatar com o básico: jeans, camiseta e tênis. Conseguiu ainda cortar a franja Emo e dar um certo ar de dignidade. Mas notou que não caminhava rápido porque as pernas eram fininhas... Foi nesse passo que seu avatar encontrou uma criança que perguntou se ele precisava de ajuda. Cabreiro, ele e a mulher não sabiam como proceder, resolveu sair caminhando e pensou rápido numa saída mentirosa. Disparou:"sou gay", para não ser incomodado por sabe-se lá quem.
Descobriu, em seguida, que o avatar infantil, na verdade, era o tutor do ambiente e explicou para ele que deveria sentar seu boneco num banquinho, para as perninhas ficarem mais fortes e fazer outros tantos processos.
Depois de um tempinho circulando, ele cansou dessa segunda vidinha mais ou menos e voltou para a realidade.